Gestoras Reforçam Caixa e Seletividade em Meio à Compressão de Spreads
- Ronan Alexandre
- 13 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de fev.

O mercado de crédito privado inicia 2025 com um novo desafio: spreads cada vez mais comprimidos e prêmios reduzidos, o que tem levado gestores a reavaliarem suas estratégias de alocação. Com a demanda crescente por renda fixa e a reprecificação dos ativos locais, muitas gestoras de crédito têm aumentado suas posições em caixa, reduzido o duration das carteiras e priorizado ativos high grade para preservar a relação risco-retorno.
A Nova Dinâmica do Crédito Privado
A maior liquidez disponível nos fundos reflete uma postura mais defensiva diante do atual ambiente econômico. Em 2024, a alocação média em caixa dos fundos de crédito girava em torno de 20% do patrimônio líquido, enquanto agora, esse percentual já atinge 30%. O objetivo é claro: aguardar oportunidades melhores de alocação sem comprometer o perfil de risco.
Além disso, o encurtamento do duration tem sido uma resposta direta ao aumento da volatilidade. Com a incerteza em torno dos juros, os gestores buscam prazos menores para evitar exposição prolongada a possíveis movimentos adversos na curva de juros.
A seletividade também se intensificou. Em vez de aceitar emissões com prêmios comprimidos, os fundos têm priorizado ativos com menor risco de crédito, evitando exposição excessiva a setores mais vulneráveis ou emissões menos atrativas.
Oportunidades e Estratégias no Cenário Atual
Diante desse novo contexto, algumas estratégias se destacam para investidores e gestores que desejam otimizar suas carteiras:
Foco em qualidade de crédito: Com spreads baixos, ativos high grade ganham protagonismo pela maior segurança e menor volatilidade.
Maior liquidez para capturar oportunidades: O aumento da alocação em caixa permite uma ação mais tática no mercado secundário, aproveitando distorções de preços.
Redução do duration: Com um horizonte de curto prazo, a exposição ao risco de juros diminui, tornando as carteiras menos sensíveis a oscilações econômicas.
Diversificação dentro da renda fixa: Além do crédito bancário tradicional, explorar novas classes de ativos pode ser um diferencial para capturar retornos ajustados ao risco.
Como Posicionar sua Carteira?
Para investidores, o momento exige cautela e disciplina. A seletividade na escolha dos ativos, a busca por retornos ajustados ao risco e o uso estratégico da liquidez são fatores decisivos para manter um portfólio sólido.
Se a expectativa de juros mais altos e spreads comprimidos persistir, as oportunidades estarão no secundário e na reprecificação de ativos nos próximos meses. Um olhar atento ao cenário macroeconômico e aos movimentos do mercado será essencial para tomar decisões bem fundamentadas.
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